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Marketing

Estratégia de marketing 2025: Economia da aura e seu impacto na indústria

Em meio a era da grande exaustão, o interesse por espiritualidade, experiências místicas e práticas antigas de bem-estar será essencial para os consumidores que buscam aumentar o sentimento de conexão e fugir do cansaço e do estresse que os assolam diariamente.
WGSN Insider WGSN Insider
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Em 2022, vivenciamos a “grande onda de pedidos de demissão”. Em seguida, 2023 foi marcado pelo aumento do quiet quitting (demissão silenciosa). Já em 2024, o mundo enfrenta a era da grande exaustão – um sentimento generalizado de fadiga, estresse e esgotamento.

As sobrecargas emocionais cotidianas, combinadas à percepção de tempos desafiadores, como a chamada policrise, têm impactado a capacidade das pessoas de lidar com desafios futuros, sejam eles grandes ou pequenos. Afinal, qualquer esforço é demais para quem está esgotado.

Estudos apontam que, embora as pessoas estejam dormindo mais, muitas se sentem menos descansadas. Nos EUA, 3,3 milhões de americanos sofrem com a fadiga crônica. Além do impacto pessoal, a fadiga enfrenta um estigma cultural significativo, uma vez que o tempo dedicado ao repouso é frequentemente visto como preguiça, improdutividade ou fraqueza.

Nesse contexto, à medida que o cansaço, o estresse e outros sentimentos negativos assolam os consumidores, o autocuidado continuará sendo prioridade. O foco será uma abordagem holística e 360°, abrangendo não apenas a saúde física, mas o bem-estar mental, emocional e até ecológico.

O que é a Economia da Aura? 

A economia da aura ou vibe engloba um interesse crescente por tudo que é intangível, seja pela ascensão do bem-estar espiritual, do retorno a práticas  de ciências alternativas ou a busca por experiências multissensoriais que despertem admiração e encanto.

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Em 2021, a WGSN apontou a economia do cuidado como um dos principais propulsores para 2024. Em 2023, destacou como a metaespiritualidade influenciará a jornada de fé pessoal, promovendo a ideia de que a espiritualidade pode emergir do interior de cada indivíduo. Nesse contexto, a economia da aura surge como uma evolução desses conceitos, à medida que consumidores buscam produtos e experiências que revitalizem seu entusiasmo.

Qual será o papel das marcas nessa nova era? As marcas precisarão criar narrativas que demonstrem apoio tangível ao crescente cansaço dos consumidores,  conquistando sua confiança e se destacando no competitivo mercado de bem-estar. No TikTok, por exemplo, o tema "cura reiki" já acumula 42,6 milhões de visualizações, enquanto o mercado global de medicina tradicional e complementar alcançou 519 bilhões de dólares em 2023 (Global Wellness Institute).

Nesse cenário, uma das soluções apontadas pela WGSN é a o "auramaxxing" – a prática de elevar ou maximizar sua aura, que deve impactar diversos setores nos próximos anos.

O que é Auramaxxing?

Auramaxxing  é uma tendência que engloba práticas como reiki, massagens cerebrais e restauração de aura. 

Pesquisas indicam que 58% da Geração Z e 52% dos Millennials se identificam como "compradores emocionais", ou seja, eles se conectam melhor a produtos e experiências que evocam emoções, memórias ou sensações específicas. Assim, espera-se que produtos e experiências sigam o conceito de auramaxxing, tornando-se multissensoriais e imersivos. A ideia é criar uma identidade sensorial: como esses produtos devem parecer, qual será seu cheiro, sabor e textura. Esse enfoque visa combater o cansaço crônico, proporcionando experiências mais envolventes e revitalizantes.

Exemplos práticos de Auramaxxing: A marca de papelaria de luxo brasileira, MH Studios, no seu lançamento do Trent Planner 2025 explorou algo similar com o conceito, através da ativação “Sonho Nº 274". Com o objetivo de convidar seus consumidores a revisitarem a noção de casa -  livre de preconceitos, normas sociais e entendimentos rígidos - através de seus sonhos, a marca fez uma ativação nos diferentes cômodos da sua flagship.

 

Os espaços da casa dos sonhos espelharam as reflexões e desejos de Maria Helena, diretora criativa MHSTUDIOS, para cada cômodo, que ganharam nomes acompanhados do ‘sufixo’ “Meu Sonho de”. Os ambientes, além de estarem abertos para visistação durante o evento, receberam ativações e experiências que aconteceram mediante inscrições.

Com a narrativa de convidar seu consumidor a se reconectar com a sua criança interior e revisitar o limite de sonhos, a marca proporcionou uma experiência multissensorial no lançamento do produto que acompanha um guia de “Casas dos Sonhos” com outras inspirações de casas não convencionais.  

Baixe agora uma amostra do relatório “Consumidor do Futuro 2026” e veja como a grande exaustão impactará consumidores e empresas. 

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